O II Encontro Acadêmico de Fonoaudiologia do UNIFOR-MG aconteceu nos dias 11 e 12 de novembro, reunindo profissionais, professores e estudantes no Salão Prof. Eunézimo Lima e na Sala Multimeios 2. O evento teve como objetivo promover a atualização científica e o diálogo sobre os desafios e práticas no cuidado auditivo, por meio de palestras e mesas-redondas que abordaram temas fundamentais da área.

A abertura contou com a mesa-redonda “Perda auditiva e TPAC: implicações no desenvolvimento da linguagem e a importância da estimulação auditiva precoce”, mediada pela professora Gisela Campos. Participaram da discussão as fonoaudiólogas Raquel Bernanos, Luana Alves, Danieli Paiva e Luciana Faria, que compartilharam suas experiências clínicas e de pesquisa.

Para Raquel Bernanos, o evento é essencial para fortalecer a prática baseada em evidências: “A audiologia é uma área muito importante dentro da Fonoaudiologia, os alunos aprenderem estes diagnósticos para identificar precocemente as perdas auditivas nas crianças é essencial, para que eles adquiram essa consciência em sua formação”, destacou.

“É um assunto de extrema importância, eu gosto muito de falar sobre, já peguei várias crianças com implante coclear, com aparelhos auditivos para intervenção, é um assunto de grande valia para quem vai assistir”, ressaltou Luana Alves.

Na sequência, a palestrante Luciana Faria abordou o tema “Atenção Integral à Saúde Auditiva: políticas, práticas e desafios do SUS”, destacando a necessidade de fortalecimento das redes de atenção e da integração entre os níveis de atendimento: “Vou falar sobre a importância do teste da orelhinha e, principalmente, o cuidado após detectar perda de audição. Como esse paciente, essa criança irá passar pelo SUS, quais políticas ela vai ter que passar para fazer a adaptação do seu aparelho auditivo e reabilitação auditiva e de linguagem”, ressaltou Luciana.

“Os alunos vão conhecer um pouco mais sobre o processamento auditivo e a estimulação de linguagem, como estes aspectos influenciam no desenvolvimento das crianças e fazem com que elas tenham o desenvolvimento adequado para seu marco de idade”, destacou Danieli Paiva. 

A coordenadora do curso, Profa. Ma. Dâmaris Lacerda Vieira, destacou o compromisso da instituição com a formação humanizada e científica: “A gente percebe que o índice de perda auditiva em crianças tem aumentado cada vez mais, e os profissionais às vezes sentem-se despreparados ou com muita dificuldade, então, é uma ótima oportunidade que os alunos do UNIFOR-MG têm de, desde o início, ter contato com profissionais que já atuam nesta área com estratégias e ferramentas atuais e conheçam o serviço de saúde pública, o SUS, que é a maior escola que temos. Ter este contato é imensamente enriquecedor para os nossos alunos”. 

O Reitor do Centro Universitário de Formiga, Prof. Dr. Marco Antônio de Sousa Leão, esteve presente e celebrou a parceria da instituição com o SUS: “Esta relação dos professores e coordenadores com os dirigentes do SUS é excelente, porque o SUS atende a comunidade que tem menos poder aquisitivo e, às vezes, não tem condição de pagar um plano de saúde. Então, o Centro Universitário tem que estar sempre trabalhando junto a ele, é o primeiro atendimento dos alunos”.

No segundo dia do evento, a fonoaudióloga Sallete Cristina Silva ministrou o minicurso “Avaliação Integrada da Audição”, que proporcionou aos participantes uma experiência prática sobre métodos e instrumentos utilizados na avaliação audiológica.

Encerrando o II ENAFONO, o curso de Fonoaudiologia promoveu uma noite de homenagens aos docentes e parceiros que contribuem para o fortalecimento da formação em Fonoaudiologia.