
UNIFOR-MG contribui para conhecer e controlar a Leishmaniose Visceral Canina em Formiga
quinta-feira, 02 de setembro de 2010.
Na noite do dia 25 de agosto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária, se reuniu com professores, alunos e médicos veterinários proprietários de clínicas veterinárias de Formiga. Na ocasião, os presentes discutiram a criação de um protocolo de procedimentos e orientações aos proprietários de cães da cidade, referente à Leishmaniose Visceral Canina. Segundo o coordenador, os animais que passam por exames que comprovam a doença são, em 100% dos casos, sacrificados. A idéia é criar um protocolo com itens que delimitem a real necessidade da ação.
Na ocasião, os presentes discutiram a criação de um protocolo de procedimentos e orientações aos proprietários de cães da cidade, referente à Leishmaniose Visceral Canina. Segundo o coordenador, os animais que passam por exames que comprovam a doença são, em 100% dos casos, sacrificados. A idéia é criar um protocolo com itens que delimitem a real necessidade da ação.
Conheça a doença
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença de cães que também pode ser contraída pelos humanos. Isto acontece porque o parasita (Leishmania chagasi), quando presente no sangue dos cães, é sugado por um pequeno mosquito (Lutzomyia longipalpis), também conhecido como “mosquito palha”, que o inocula no homem.
A doença, considerada erradicada no passado, mas que vem ressurgindo em várias cidades do Brasil nos últimos tempos, é grave e afeta órgãos internos, como fígado e baço, além da pele, no homem e no cão. A situação é alarmante em algumas cidades de Minas Gerais e, em Formiga, não há conhecimento de sua real gravidade, não se conhecendo, também, a distribuição do mosquito transmissor no município.
Outro fato relevante é a inexistência de orientação aos médicos veterinários que atuam na cidade quanto aos procedimentos diante de casos suspeitos. Estes profissionais ficam, assim, inseguros, pois devem seguir leis estaduais e federais, que não consideram a situação de cada município.
De acordo com o coordenador do curso, a recomendação de “eutanásia” (morte sem dor) dos cães é uma medida de controle, mas que precisa ser orientada por critérios de diagnóstico específico, considerando que é uma ação extrema e que o cão é um animal de companhia, muitas vezes, fazendo parte da família.
Considerando este quadro, o UNIFOR-MG, através da coordenação e corpo técnico do curso de Medicina Veterinária, em consonância e com apoio da Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Saúde e Ministério Público local, está propondo procedimentos e orientações mais específicas aos proprietários de cães, dadas pelos médicos veterinários atuantes na cidade.
O UNIFOR-MG irá realizar, na CLIMVET (Clínica de Medicina Veterinária do UNIFOR-MG), exame citológico, por punção de linfonodos, para verificar a presença das formas infectantes da Leishmania no cão e que podem ser transmitidas ao homem pela picada do “mosquito palha”, que age após às 17 horas. A Instituição também está pedindo aos médicos veterinários da cidade que transmitam sugestões e orientações aos donos de cães suspeitos, evitando dúvidas e sofrimento na população.
Segundo o coordenador, a iniciativa possui cunho social, humanístico e pedagógico relevantes, pois considera os animais e o homem, razão de toda a atuação do médico veterinário. “A proposta do Centro Universitário é uma forma de tranquilizar os proprietários de cães, que têm medo de levar os animais para fazer o exame, devido à possibilidade da eutanásia. Com a ação idealizada pelo UNIFOR-MG, os acadêmicos de Medicina Veterinária também serão beneficiados, vivenciando situações reais para a formação e atuação futuras”, explica.
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