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Alunos de Pedagogia e Fisioterapia visitam aldeia indígena

Alunos de Pedagogia e Fisioterapia visitam aldeia indígena

quarta-feira, 01 de julho de 2015.
Alunos de Pedagogia e Fisioterapia visitam aldeia indígena

As turmas do 1°, 3°, 5° e 7º períodos do curso de Pedagogia e a turma do 1° período do curso de Fisioterapia do UNIFOR-MG, acompanhadas pelo Prof. Me. Francimário Vito dos Santos, Profa. Ma. Maria Francisca Souza Lopes e Profa. Celma Alves Fonseca Vilela, visitaram a Aldeia Indígena Muã Mimatxi, etnia Pataxó, localizada no município de Itapecerica, no mês de maio.

De acordo com o Prof. Me. Francimário Vito dos Santos, o propósito de visita à aldeia ganhava impulso ao passo que os temas teóricos eram discutidos com os alunos no âmbito das disciplinas Sociologia Geral e Antropologia.

O objetivo da visita foi aprimorar os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula sobre temas como ciência e senso comum, estudos de comunidades, desigualdade e exclusão sociais, processo de segregação, movimentos sociais, direitos dos povos tradicionais, política, educação e saúde indígena. 

Além disso, teve o intuito de proporcionar aos alunos desmistificar preconceitos sobre a cultura indígena; permitir que alunos pudessem confrontar os conhecimentos obtidos por meio de livros didáticos sobre os indígenas e a história dos povos tradicionais do Brasil, contada por eles próprios. Por último, foi possível compreender a relação dos indígenas em alguns temas que se encontram na pauta de discussão da política mundial: meio ambiente, saúde, política e educação, diversidade cultural, conhecimentos tradicionais e, sobretudo, as relações sociais estabelecidas entre os conhecimentos e modos de vida existentes no mundo rural e a cidade.

A origem dos povos indígenas que compõem a aldeia Muã Mimatxi, ao todo são 11 famílias, compostas por 33 descendentes indígenas, remete à região do Sul da Bahia, denominada de “Região do Descobrimento do Brasil”, área que abrange o território de Porto Seguro. Os descendentes de indígenas que habitam atualmente a região de Itapecerica foram expulsos de seu território de origem no início da década de 1950, motivados por conflito armado liderado por representantes da indústria do turismo massificado e pela especulação imobiliária.

Segundo o Cacique Kanátyo, líder da aldeia, por vários anos, os indígenas dessa tribo perambularam pelo território de Minas Gerais, sendo expulsos pelos donos de terras e ruralistas do agronegócio, terras estas que, por direito, eram dos povos indígenas, afirmou o representante da aldeia. Somente no ano de 2006, com a implementação da política de demarcação de terras indígenas, o povo Pataxó foi assentado no município de Itapecerica, atual Aldeia Muã Mimatxi.

A aldeia conta com uma escola que abrange os Ensinos Infantil e Fundamental, composta por professores indígenas. Para cursar o Ensino Médio, os adolescentes indígenas precisam se dirigir até o distrito de Lamounier, a cerca de um quilômetro de distância da aldeia.

Além de seguir o currículo básico oficial imposto pelo Ministério da Educação, conhecimento da Matemática, Ciências, Língua Portuguesa, as crianças e adolescentes indígenas seguem, paralelamente, um currículo diferenciado com base na cosmologia dos povos indígenas.

Eles têm aulas de língua “mãe”, bem como aulas com uma professora da aldeia que passa os conhecimentos sobre o território, meio ambiente, natureza e cultura indígena. Para isso, é usada a metodologia que eles denominaram por “tirrei”. O tirrei é um instrumento de pesca, uma espécie de rede trançada com a haste de bambu que, na simbologia nativa, “arrasta”. No processo educativo das crianças, o tirrei é usado na forma de desenhos e que ensina sobre a importância de respeitar a natureza, a cultura e a história dos antepassados. 

“Essa é a segunda viagem que realizo. A primeira foi em setembro de 2014, com a turma do 2° período do curso de Medicina Veterinária, no âmbito da disciplina Sociologia Rural. O que avaliei como sendo bastante proveitosa”, enfatizou o Prof. Me. Francimário Vito dos Santos.

Em relação à atual visita, após os debates realizados em sala, foi possível perceber o quanto atividades como essa ampliam os horizontes e visões de mundos dos alunos. “Estabelecer diálogos entre teoria e prática permite ao discente transcender para além do ambiente acadêmico e entender o sentido das Ciências Humanas. Somente a partir do exercício reflexivo, por exemplo, de nos colocarmos no lugar do outro é que podemos diminuir as distâncias e as barreiras que dificultam compreender o outro como ele é de fato”, acrescentou o professor.

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