
Egresso do UNIFOR-MG ajuda a desenvolver sistema que detecta dengue em 20 minutos
quarta-feira, 16 de abril de 2014.
O pesquisador Nirton Cristi Silva Vieira, egresso do curso de Física do Centro Universitário de Formiga, participa de um grupo da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos, que desenvolve um sistema que pode trazer agilidade no diagnóstico da dengue.
O pesquisador Nirton Cristi Silva Vieira, egresso do curso de Física do Centro Universitário de Formiga, participa de um grupo da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos, que desenvolve um sistema que pode trazer agilidade no diagnóstico da dengue.
Natural de Pains, Nirton Vieira se formou no curso de Licenciatura Plena em Física pelo UNIFOR-MG em 2003. Em continuidade aos estudos e à área de pesquisa, concluiu o mestrado em Ciências em Materiais para Engenharia no ano de 2006 e doutorado em Física em 2011. Atualmente, realiza estágio de pós-doutorado no grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC-USP.
Com experiência em Física, Ciências dos Materiais, Biofísica e Nanomedicina, Nirton Vieira atua, principalmente, nos seguintes temas: aplicação de nanomateriais para fins de diagnóstico, desenvolvimento de transdutores para aplicações biomédicas, filmes ultrafinos, imobilização de biomoléculas, desenvolvimento de biossensores de interesse clínico e ambiental.
A pesquisa que o egresso do UNIFOR-MG participa ganhou destaque nacional e foi tema de reportagens em vários veículos de comunicação do país, como o Jornal da Band e o site globo.com (G1), que apresentaram entrevistas com Nirton Vieira.
Funcionamento do sistema
Conforme as reportagens divulgadas, por meio de um exame de sangue do paciente, o sistema consegue identificar a dengue no estágio inicial e informa o resultado em 20 minutos. Além disso, o método amplia a chance de disponibilizar os kits de exame em postos de saúde dos municípios. O biossensor será produzido por uma empresa de biociência em São José do Rio Preto. Conforme dados da pesquisa, o custo estimado deve ser de R$ 100,00.
Os pesquisadores encontraram em um ovo de galinha uma forma rápida de identificar a doença. Em laboratório, eles produziram o anticorpo NS1, por meio de uma proteína eliminada pelo vírus da dengue. O plasma e o anticorpo vão para um medidor, aparelho criado pelo Instituto de Física da universidade. O equipamento tem uma pequena película feita com ouro, material que não enferruja e que é mais sensível para identificar a doença.
“A gente utiliza como receptor o anticorpo de reconhecimento da proteína produzido em galinha. Já no paciente, a substância é um marcador que entra em contato com o plasma, a parte branca do sangue com suspeita da doença”, explicou o egresso Nirton Vieira.
O exame
O exame convencional para descobrir o vírus da dengue só pode ser feito depois do sétimo dia que os sintomas apareceram, por causa do período que o organismo começa a apresentar defesa. Depois de feito, o exame demora, em média, de três dias a uma semana para identificar o anticorpo em um estágio que, muitas vezes, já está avançado. Com o novo biossensor, o diagnóstico sai mais rápido, a partir do terceiro dia de sintoma da doença. O novo teste requer apenas uma gota de sangue para ser realizado.
Depois de passar por um circuito elétrico, o exame sai em um gráfico. Quando a curva oscila para baixo significa que o paciente está com dengue. Segundo os pesquisadores, o método é eficiente principalmente para prevenir os casos mais graves da doença. Assim, os médicos podem tomar atitude rápida para evitar complicações como a dengue hemorrágica e até a morte do paciente.
De acordo com os pesquisadores, o aparelho pode ficar até quatro vezes menor do que o protótipo desenvolvido. Os primeiros testes em pessoas já começaram a ser feitos.
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O pesquisador Nirton Vieira é egresso do curso de Fisica do UNIFOR-MG