
UNIFOR-MG PROMOVE IMERSÃO PEDAGÓGICA COM FOCO EM METODOLOGIAS ATIVAS E FORMAÇÃO DOCENTE
segunda-feira, 29 de setembro de 2025.
No dia 27 de setembro, o Centro Universitário de Formiga realizou uma Imersão Pedagógica no Salão Nobre “Eunézimo Lima”, reunindo professores dos cursos da instituição em uma manhã de aprendizado, troca de experiências e reflexões sobre as práticas de ensino. Com o tema “Metodologias Ativas”, o encontro foi conduzido pelo Prof. Dr. Erisevelton Silva Lima, pedagogo, psicanalista, mestre e doutor em Educação, com ampla experiência em formação de professores e avaliadores.
O evento contou com atividades dinâmicas, discussões em grupo e reflexões práticas sobre o papel do professor no contexto atual da educação superior. Utilizando abordagens interativas, o palestrante buscou envolver os docentes em situações que provocaram a reflexão sobre suas próprias práticas pedagógicas e estimularam a adoção de metodologias centradas no estudante.
Durante a imersão, o professor Erisevelton destacou a importância da formação contínua do corpo docente: “A Instituição está de parabéns, porque investir na formação do professor é um dos melhores investimentos, porque é ele que vai ao encontro da comunidade diretamente. Às vezes, a comunidade não conhece o reitor, mas o professor leva a cara da instituição”, afirmou. Segundo ele, o objetivo da imersão foi oferecer ferramentas pedagógicas que aprimorem a relação entre ensino e aprendizagem, lembrando que ser excelente em uma área não garante, por si só, a qualidade da prática docente: A nossa proposta é trazer alguns instrumentos, algumas ferramentas pedagógicas para melhorar a relação de ensino e aprendizado. Nós temos professores excelentes, muito gabaritados em suas áreas de atuação, mas a docência é outra área. Às vezes o excelente advogado, o excelente bioquímico, o excelente veterinário pode não ser um bom professor, porque ele precisa aprender outra profissão, que é a docência. Então, estamos investindo naquele que já é bom, mas precisa entender que aprendizagem é outra área.”, completou.
Um dos pontos altos da fala do professor Erisevelton foi a discussão sobre os desafios enfrentados atualmente pelos docentes no ensino superior: “Primeiro, o autodesafio. Muitas vezes o professor se sente incomodado ao aderir algumas novidades que tiram ele da zona de conforto. Então, muitos professores não aderem porque se sentem inseguros”, destacou. Ele também apontou a resistência de alguns estudantes como um obstáculo: “Ele não quer algo que dê trabalho, ele quer ficar passivamente ouvindo e, quando a metodologia entra ativamente no seu modus operandi, ele tira a pessoa da sua zona de conforto. Aprender exige esforço, exige mobilidade não apenas mental, e física também. Eu preciso sair da onde estou para ir a outro canto e isto incomoda”, explicou.
Questionado sobre a aplicabilidade das metodologias ativas em diferentes formatos de aula, o professor foi enfático: “Não só dá, como é necessário fazer. Já temos uma coisa nova, que é esta cultura da sala de aula virtual, mas ela não é tão nova. Ela foi para o virtual com os mesmos vícios da presencial. Eu vou para a aula virtual para ficar quieto, só para ficar ouvindo. E se pedir para eu fazer outra coisa, eu não gosto. Então, veja que não é o presencial ou o virtual, é a concepção e a prática do que é ensinar e aprender”.