UNIFOR-MG É PARCEIRO NA CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DA APAE
sexta-feira, 22 de novembro de 2024.O Centro Universitário promoveu, no dia 29 de outubro, a mesa-redonda “50 anos da APAE de Formiga”, que abordou o tema “Prevenção e qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual e múltipla ao longo da vida”.
O evento, realizado no Salão de Eventos “Walmor de Borba”, contou com a presença de alunos dos cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Educação Física (presencial e EAD), além de usuários, familiares e funcionários da APAE.
O principal objetivo foi destacar a importância da atuação multiprofissional na atenção à saúde das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, abordando estratégias de prevenção e ações para garantir qualidade de vida e desenvolvimento ao longo do tempo.
A Profa. Monica Campos Pedrosa, durante sua fala, reforçou a importância da intervenção precoce para obter melhores resultados no desenvolvimento das crianças:
“Quanto antes a gente começar com a intervenção, os resultados serão melhores. A APAE também presta serviços desde 2019 ao Projeto PIPA (Programa de Intervenção Precoce Avançada), com o objetivo de minimizar possíveis deficiências e prevenir para que a criança tenha um desenvolvimento pleno.”
Monica destacou ainda o papel do UNIFOR-MG como parceiro estratégico da APAE, especialmente por meio do curso de Fisioterapia. Os alunos, ao realizarem estágios na instituição, têm contato direto com a realidade das pessoas atendidas, participando de atividades como hidroterapia e do Projeto de Equoterapia. Essa experiência, além de enriquecer a formação acadêmica, promove responsabilidade social e capacitação profissional.
Após a abertura, o evento foi iniciado pela Dra. Renata Mendonça, que palestrou sobre “Boas práticas de atenção precoce para prematuros e crianças de risco para deficiências”. Com mais de 13 anos de experiência em Neonatologia, Renata enfatizou os desafios enfrentados pelos prematuros, especialmente após longos períodos de internação em UTI neonatal.
“A UTI traz grandes desafios, mas grande parte desses desafios começam depois que esse bebê tem alta. A APAE desenvolve um trabalho excepcional nesse sentido, pois conseguem prestar a assistência adequada a esses bebês para antecipar e intervir de forma precoce tanto nas possíveis deficiências que eles podem apresentar, como nas que eles já possuem”, explicou a palestrante.
Na sequência, a Profa. Gisela Campos Mendonça abordou “A importância do fonoaudiólogo na UTI neonatal”. Gisela explicou que o papel da Fonoaudiologia nesses casos é ajudar o bebê prematuro a desenvolver habilidades alimentares e promover o aleitamento materno.
“Na área hospitalar, a oportunidade é muito grande. Quando eu trabalhei na UTI neonatal, eu dava suporte na maternidade. As enfermeiras chamavam a gente para ajudar na amamentação. Eu também fazia o teste da linguinha de todos os recém-nascidos da Santa Casa e da região”, relatou Gisela.
Por fim, o Prof. Me. Paulo Márcio Montserrat compartilhou sua trajetória na APAE, que começou como estagiário e evoluiu para cargos de liderança, incluindo a coordenação estadual de Educação Física e atuação na Federação das APAEs de Minas Gerais. Ele destacou o impacto positivo da instituição em sua formação pessoal e profissional, mencionando contribuições em projetos como a inclusão do jiu-jitsu e a organização de eventos esportivos e culturais.
Ao final, o público presente teve a oportunidade de interagir com os participantes para esclarecer dúvidas. O evento reafirmou a parceria entre o UNIFOR-MG e a APAE, destacando o impacto da educação e do trabalho conjunto no desenvolvimento integral e na inclusão social das pessoas com deficiência.