PROFESSORA E ALUNA DO UNIFOR-MG REALIZAM PESQUISA ENVOLVENDO A TRIAGEM DA ACUIDADE VISUAL DE ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORMIGA
segunda-feira, 05 de agosto de 2024.A Profa. Dra. Lilia Rosário Ribeiro em conjunto com a aluna Geovana Caetano Martins da Silva, do 4º período de Fisioterapia e bolsista pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), está atuando no projeto de pesquisa de iniciação científica que envolve o tema “Triagem da acuidade visual de estudantes de uma escola pública de Formiga-MG”.
O projeto tem como objetivo realizar uma triagem da acuidade visual de crianças para avaliar sua capacidade de enxergar, que está diretamente relacionada com a atenção que elas têm na escola e o seu interesse pelos conteúdos apresentados no quadro.
“Como professora tanto de ensino superior quanto da educação básica, eu percebia que muitos alunos forçavam os olhos para copiar no quadro, outros ficavam sempre de cabeça baixa ou queixando por dores de cabeça todos os dias. E em uma consulta informal com um oftalmologista, ele me ensinou a testar as crianças utilizando um teste chamado Snellen, que consiste de uma tabela com optótipos, que são letras como a letra E em diferentes posições. A gente optou por utilizar essa escala porque nós padronizamos o exame estendendo, inclusive, a crianças não alfabetizadas”.
A discente relata que é a sua primeira participação em um projeto de pesquisa. “O projeto começou há cerca de um ano. Nesse projeto a gente faz uma triagem com eles para ver se ele tem algum tipo de acuidade visual e se caso ele tiver, a gente vai encaminhar ele para um oftalmologista para ele dar o suporte necessário para esses alunos”, disse.
A professora pesquisadora ressalta que esse teste é importante porque, embora como leigos elas não consigam fazer um diagnóstico, elas conseguem fazer a triagem daqueles estudantes que têm necessidade de passar por um profissional da área de oftalmologia, dando um retorno para as famílias e melhor qualidade de vida para essas crianças e adolescentes.
Segundo ela relatou, inicialmente o projeto foi submetido ao Comitê de Ética, em seguida houve um contato prévio com a Secretaria Municipal de Educação para providenciar a autorização referente à pesquisa na escola, assim como a autorização da própria escola. Logo as pesquisadoras foram até a escola, localizada em Pontevila, para aplicar a triagem com cerca de 130 alunos do período matutino, do 6º ao 9º ano. Os casos que foram identificados como mais graves foram encaminhados ao oftalmologista e os pais foram notificados. A intenção do projeto é também estender aos alunos do período vespertino.
Após a triagem, foi possível identificar que alguns alunos deram a devolutiva do alívio das dores de cabeça, outros tendo mais interesse, se sentiram mais incluídos e até cuidados pela escola e pela parceria do UNIFOR-MG.
Geovana Caetano Martins da Silva fala um pouco sobre a sua experiência com a pesquisa: “Bom, é uma experiência única. Acho que vai agregar muito lá na frente, como uma profissional, então é uma oportunidade muito boa, porque além de uma troca de experiências que eu tenho com a minha orientadora, ali eu ganho uma possibilidade de aprendizado muito grande como possível futura fisioterapeuta, posso aprender várias coisas”.
“O projeto traz inúmeros benefícios, pois quando essa triagem é realizada precocemente, os problemas principalmente de refração são reduzidos. Então a criança ou o adolescente tem mais interesse pelas tarefas escolares, pela participação, além do bem estar, deixando de relatar desconfortos como dores de cabeça frequentes”, diz a Profa. Dra. Lilia Rosário Ribeiro.
Além disso, ela ressaltou que a participação de alunos em projetos de pesquisa é essencial e que este projeto se sobressai na área da saúde por proporcionar um contato com o público externo e a possibilidade de fazer algo pelo próximo. Academicamente ele traz a possibilidade de submeter um projeto ao Comitê de Ética, conhecer os aspectos burocráticos, desenvolver a escrita científica por meio de relatórios, de fichas de frequência e da escrita de um artigo científico. Todo esse processo possibilita ao discente adquirir uma autonomia, além de sair da graduação com uma publicação, o que traz um peso positivo para o histórico do aluno e irá contribuir para processos seletivos de mestrado e doutorado.
A aluna destacou que a participação de um discente em um projeto de pesquisa o torna diferenciado. “Considero que é um aluno diferenciado porque ele aprende muito futuramente. A iniciação científica é um mercado de trabalho muito amplo, então se eu quiser continuar como pesquisadora acho que tem me agregado bastante”.
A Profa. Dra. Lilia Rosário Ribeiro atua no Centro Universitário há 22 anos e iniciou na pesquisa há mais de 20 anos. Ela tem um histórico de pesquisa voltado para práticas em laboratório, estudos de microscopia, além de publicações em editoras e revistas científicas que prezam por artigos na área da educação.