PROFESSOR E ALUNAS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FAZEM PESQUISA SOBRE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE CRU CAPTADO NA REGIÃO DE FORMIGA - UNIFOR-MG
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PROFESSOR E ALUNAS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FAZEM PESQUISA SOBRE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE CRU CAPTADO NA REGIÃO DE FORMIGA

PROFESSOR E ALUNAS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FAZEM PESQUISA SOBRE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE CRU CAPTADO NA REGIÃO DE FORMIGA

segunda-feira, 19 de agosto de 2024.
PROFESSOR E ALUNAS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FAZEM PESQUISA SOBRE ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE CRU CAPTADO NA REGIÃO DE FORMIGA

O Prof. Dr. Leonardo Borges Acurcio está atuando como orientador na realização do projeto de pesquisa de iniciação científica com o tema “Análise físico-química do leite cru captado na região de Formiga-MG”. As discentes colaboradoras são as alunas Geovana Araújo Vieira, do 10º período de Medicina Veterinária, e Giovanna Petronilho Rabelo, do 4º período de Medicina Veterinária.

O material envolvido é o leite que ainda não foi processado, denominado leite cru, o qual os pesquisadores buscam avaliar sua qualidade e dar um retorno tanto ao Serviço de Inspeção Municipal – SIM, como também para a sociedade, para mostrar qual é a qualidade do leite cru da região.

A pesquisa teve início em 2023 com um projeto similar, que também foi fruto da parceria com o SIM, onde inicialmente era avaliado exclusivamente o leite cru dos laticínios de Formiga. Na segunda etapa, os envolvidos optaram por dar continuidade, incorporando também o estágio curricular obrigatório dos alunos do 9º período, expandindo a avaliação para lácteos (crus ou processados) de qualquer produtor rural, de qualquer laticínio, e de qualquer pessoa que tenha algum interesse em saber a qualidade do leite cru captado em sua propriedade.

A discente Geovana Araújo Vieira conta que é a sua primeira participação em um projeto de pesquisa e complementa sobre o experimento: “Aqui no laboratório a gente analisa amostras de leite cru da região de Formiga e faz os testes seguindo a instrução normativa nº 76, a legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária que trata do leite cru. Grande parte do leite que a gente analisa volta para o consumo humano, após o beneficiamento. Então, a gente sabe se aquele leite está próprio ou não para consumo, como o produtor precisa melhorar e quais as adequações que ele tem que fazer para que aquele leite seja apto para o beneficiamento e posterior consumo humano”.

O professor relata que já atuaram no projeto com ele cerca de quatro outros pesquisadores desde o início. O desenvolvimento da pesquisa conta com fomento da FAPEMIG, que fornece uma bolsa para a aluna colaboradora Geovana Araújo Vieira. A aluna Giovanna Petronilho Rabelo colabora de forma voluntária. Além disso, são utilizados também recursos institucionais do Centro Universitário, que contribui na compra de reagentes e na disponibilização da estrutura e dos laboratórios.

Ele falou também sobre as motivações para a implementação da pesquisa: “Somente quando tinha uma cobrança rigorosa do serviço de inspeção ou quando havia alguma denúncia a gente tinha uma noção vaga de qual era a qualidade do leite cru da nossa região. Com essa pesquisa a gente tem números, volume, análise de dados e a gente consegue entender como está esse leite cru”.

Após a avaliação, os resultados são retornados aos produtores para que eles possam trabalhar na qualidade do leite e ao Serviço de Inspeção Municipal para apoiarem os produtores nessa melhoria com correções ou ações mais pontuais em relação aos principais defeitos encontrados.

Para a aluna Giovanna Petronilho Rabelo, a pesquisa é necessária, pois o consumo do leite cru pode trazer malefícios à sociedade. Portanto, ter um entendimento da qualidade do produto pode trazer mais assertividade quanto à segurança desse consumo.

O Prof. Dr. Leonardo Borges Acurcio ressalta que atuar com a iniciação científica permite ao aluno conhecer o processo para transformar essa análise de dados em ciência, pois ao colocar os dados em uma planilha e aplicar uma análise estatística ele consegue entender o contexto global de se analisar um volume de dados e compreender os principais gargalos de uma questão.

“Diante disso, a gente consegue propor novas ações, por exemplo, a gente tem um grupo de estudos que se intercala com a nossa pesquisa e esse grupo de estudos atua diretamente nas fazendas. Então, sabendo quais são os principais problemas aqui a gente consegue propor soluções mais direcionadas ao produtor rural já imaginando qual é o principal gargalo de qualidade que ele vai ter”, ele complementa.

A estudante Geovana Araújo Vieira comentou que está tendo uma experiência positiva durante o experimento e ressaltou que a participação em projetos de pesquisa tem muito a agregar no repertório do aluno, uma vez que ele irá adquirir conhecimentos fora da sala de aula e ter contato com a prática.

O Prof. Dr. Leonardo Borges Acurcio iniciou sua trajetória na pesquisa em 2017, quando atuou como orientador de Trabalho de Conclusão de Curso com o foco em fazer trabalho de bancada, pesquisa básica, testar hipóteses e obter resultados. 

Ao entrar no Centro Universitário, ele aproveitou de seu vínculo com a UFMG e realizou pesquisas com o aval de seu orientador de doutorado, Jacques Robert Nicoli. Com o passar do tempo, ele foi ampliando suas pesquisas atuando tanto na parte de animais de grande porte como de pequeno porte. 

Durante seu trajeto, ele incorporou a microbiologia dentro da clínica médica de pequenos animais. Atualmente, os temas de pesquisa em que ele atua estão mais relacionados com a sua área de interesse, que envolve a qualidade do leite, o entendimento das causas da mastite e o impacto nos processos do produtor rural.

 

 

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