
Alunos de Ciências Biológicas realizam visita técnica à CBMM, em Araxá
sexta-feira, 25 de novembro de 2011.
Na oportunidade, os discentes puderam constatar programas desenvolvidos pela empresa, nas áreas ambientais e de mineração. Segundo o Prof. Anísio, “no local, o minério pirocloro foi concentrado por processos de lateritização, que agiram sobre as rochas do complexo alcalino do Barreiro, concentrando o minério insolúvel e permitindo a mineração sobre um substrato friável, que dispensa o uso de explosivos”.
O grupo foi conduzido pelo engenheiro químico Edouard Rodolphe Jean Vialou, que convidou os alunos também para um almoço. Depois das atividades, a turma se dirigiu ao complexo do Grande Hotel, onde os acadêmicos puderam usufruir de momentos de descontração, nas águas sulfurosas e radioativas do Barreiro.
A empresa
A CBMM prima pela mineração responsável, com o menor impacto possível, e, praticamente, não gera sólidos suspensos no ar. Com subsidiárias na Europa e na América do Norte, a empresa dedica atenção especial aos consumidores.
Além disso, a CBMM possui certificação ISO 9001, 14001, 18001, 27001. Dentre outras atividades ambientais, a empresa é pioneira na reprodução do Lobo Guará (Chysocyn brachyurus) em cativeiro e desenvolve programas de produção de mudas de plantas do cerrado. Seus produtos são ligas e óxidos de nióbio.
Curiosidades
No início da década de 1930, o nióbio passou a ser utilizado na prevenção de corrosão intergranular em aços inoxidáveis. Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr e Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear e também para fins relacionados à supercondutividade. Os tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem utilizam magnetos supercondutores feitos com a liga NbTi. As superligas aeronáuticas também utilizam nióbio. Destas, a mais importante é o IN718, introduzida em 1966 e cujo aperfeiçoamento resultou numa família de superligas utilizadas nas turbinas aeronáuticas e estacionárias mais modernas. Outro desenvolvimento importante da década de 1950 foi o aço microligado. Estudos conduzidos na Inglaterra, na Universidade de Sheffield e na British Steel – e também nos Estados Unidos, tornaram o aço microligado uma realidade industrial quando a Great Lakes Steel entrou no mercado, em 1958, com uma série de aços contendo cerca de 400 gramas de nióbio por tonelada, exibindo características (resistência mecânica e tenacidade) que até então somente podiam ser obtidas com aços ligados muito mais caros. A descoberta de que a adição de uma pequena quantidade de nióbio ao aço carbono comum melhorava consideravelmente as propriedades deste, levou à utilização em grande escala do conceito de microliga, com grandes vantagens econômicas para a engenharia estrutural, para a exploração de óleo e gás e para a fabricação de automóveis.
Alunos dos 2º, 4º e 6º períodos de Ciências Biológicas fizeram uma visita técnica à CBMM, na cidade de Araxá