
Ex-alunas do UNIFOR-MG desenvolvem trabalho sobre atuação de profissionais na indústria de cal
quinta-feira, 12 de agosto de 2010.
A banca examinadora foi composta pelas professoras Profa. Ms. Roberta Avelar Araújo Garcia (coordenadora do curso); Profa. Luciana Freitas Faria; e Profa. Ms. Ana Paula Pfister (orientadora do trabalho). A co-orientação do TCC foi feita pela Profa. Anna Flávia Valadares.
Para o desenvolvimento do trabalho, as fisioterapeutas avaliaram a força muscular respiratória de funcionários da área de produção de uma indústria de cal de Formiga. Segundo elas, foi observada uma redução da força muscular nesses trabalhadores, detectada através de um aparelho chamado manovacuômetro.
No trabalho, foi explicado que a respiração é realizada por músculos específicos do corpo. Portanto, quando há uma diminuição da força muscular, alguns problemas podem surgir. “A cal tem propriedades que alteram as fibras musculares, principalmente nos trabalhadores que permanecem no setor por um período muito longo. Uma das propriedades é a sílica, que, inalada a longo prazo, pode provocar uma doença respiratória chamada silicose. Não detectamos tal problema em nenhum dos funcionários avaliados, os quais atuam no setor entre 5 e 14 anos, mas a possibilidade existe e o melhor a fazer é prevenir e reabilitar os colaboradores”, explicam.
De acordo com as ex-alunas, os problemas decorrentes das alterações podem ser assintomáticos ou sintomáticos, apresentado falta de ar e fadiga, por exemplo. “A Fisioterapia pode atuar com a prevenção do dano, através de orientações, palestras, incentivo ao uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e também na reabilitação, com exercícios de fortalecimento muscular, entre outros”, detalham.
Sobre o resultado alcançado pelo trabalho, as egressas disseram que, “diante do estudo realizado, percebe-se um problema de saúde pública. Nesta região, há muitas empresas produtoras de cal, portanto, muitos trabalhadores estão envolvidos na atividade. Sugerimos uma atuação do fisioterapeuta nas organizações, de forma a atuar na prevenção e reabilitação dos funcionários, já que todos os avaliados apresentaram alteração das fibras musculares respiratórias, observando-se uma redução da força muscular”, encerram.
Durante o estudo, as ex-alunas promoveram uma palestra aos colaboradores da empresa, abordando a questão da ginástica laboral e também a prevenção de patologias respiratórias.
As profissionais estão à disposição de empresas que desejem saber mais sobre o tema e também implantar o tratamento fisioterapêutico adequado aos funcionários. O contato pode ser feito pelos telefones: (37) 9913-0725 (Bruna) ou (37) 9955-5583 (Paula).
{mosimage} |